Orquestra estará mais uma vez sob a batuta de seu Regente Titular e Diretor Musical, Thierry Fischer, nestes concertos; no sábado (24/set), pianista Kevin Hays é atração da FIP Jazz; no domingo (25/set), Alina Ibragimova e Cédric Tiberghien se apresentam juntos em mais uma edição da FIP Clássica.
Entre 22 e 24/set, a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo — Osesp recebe uma das grandes violinistas da nova geração, a russa — radicada no Reino Unido — Alina Ibragimova. No pódio, de volta à Sala São Paulo, o Diretor Musical e Regente Titular da Osesp, Thierry Fischer,comanda um programa que traz peças seminais de dois gênios da música, Richard Strauss e Dmitri Shostakovich, além de uma “Abertura Secreta” que só será conhecida nos dias de concerto, após sua execução. A apresentação de sexta (23/set), às 20h30, terá transmissão digital pelo canal da Orquestra no YouTube.
O próximo fim de semana também será marcado por apresentações da Festa Internacional do Piano — FIP. No sábado (24/set), às 20h30, a Sala São Paulo recebe um dos mais originais jazzistas de sua geração, o pianista estadunidense Kevin Hays, em mais uma edição da FIP Jazz. Já no domingo (25/set), às 18h, Ibragimova retorna ao palco da Sala para acompanhar o pianista Cédric Tiberghien em um recital da FIP Clássica, com peças Schubert, Cage e Strauss no repertório.
Esta será a primeira vez que Thierry Fischer regerá uma Sinfonia de Shostakovich com a Osesp. Escrita quando o músico tinha apenas 19 anos, a Primeira Sinfonia foi desenvolvida para sua graduação no Conservatório de Petrogrado — hoje Conservatório de São Petersburgo — e é, junto com suas outras sinfonias suas, uma obra incontornável do repertório Modernista.
Richard Strauss também era um jovem estudante e tinha apenas 18 anos quando escreveu o Concerto para Violino, dedicado a seu professor e spalla da Orquestra da Corte de Munique — hoje Filarmônica de Munique –, Benno Walter. Segundo Celso Chaves, professor do Instituto de Artes da UFRGS, “uma das vantagens do retorno do Concerto ao repertório é permitir a comparação entre o manejo da forma clássica por Strauss e os poemas sinfônicos posteriores, que o celebrizaram e que estão em outro plano — o da música descritiva distante das exigências estruturais da sinfonia e da sonata. Na comparação entre o Strauss estudante e o Strauss profissional, não é um compositor menor que se revela no Concerto para Violino. Ao contrário, é um Strauss que, antes de propor inovações, presta contas aos seus antecessores ilustres no âmbito do concerto clássico, quase de igual para igual.”

