Em parceria com o Instituto Cervantes, concerto intimista mergulha no universo lírico ibérico, com obras de compositores espanhóis e textos de grandes autores da literatura barroca, no dia 13 de setembro, tendo participação da mezzo-soprano Marina Pardo e do pianista e compositor Miguel Huertas
A temporada de música de câmara do Theatro São Pedro, equipamento cultural da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, gerido pela Santa Marcelina Cultura, apresenta ao público, no dia 13 de setembro, sábado, às 20h, o Recital de Música Española y Zarzuela. O espetáculo integra a programação da série de concertos intimistas Além do Palco, com ingressos entre R$ 36 (meia-entrada) a R$ 72 (inteira).
Em parceria com o Instituto Cervantes, o concerto terá a presença da mezzo-soprano Marina Pardo, conhecida por sua expressividade e domínio do repertório cênico-vocal, e do pianista Miguel Huertas, também compositor, que assina diversas obras do programa. No palco, destaque para a zarzuela, gênero lírico-dramático espanhol que mescla canções, peças instrumentais e diálogos.
O recital propõe um panorama do repertório lírico espanhol do século XIX aos dias atuais. Entre as obras selecionadas estão as emblemáticas Cinco canciones negras, de Xavier Montsalvatge, a comovente Oración de las madres que tienen a sus hijos en brazos,de Manuel de Falla, e números de zarzuela, como La Chulapona,de Moreno Torroba.
O programa também inclui canções raramente apresentadas, como El fantasma, de Joaquín Turina, e as composições próprias de Huertas sobre textos contemporâneos de Luis García Montero e Álvaro Tato, em um diálogo poético e musical de enorme riqueza estética.
Marina Pardo é uma das mezzo-sopranos mais versáteis de sua geração, com forte atuação na ópera, no oratório e na promoção do repertório lírico espanhol. Miguel Huertas, pianista, compositor e diretor musical, é referência no acompanhamento vocal e dramaturgia musical na Espanha, atuando nos principais teatros do país. Juntos, oferecem uma leitura refinada e expressiva da lírica ibérica, fundindo tradição e contemporaneidade com excelência artística.
TEMPORADA DE MÚSICA DE CÂMARA DO THEATRO SÃO PEDRO
Série de Concertos Intimistas Além do Palco
Recital de música Española y Zarzuela
Marina Pardo, solista
Miguel Huertas, piano
CRISTÓBAL HALFFTER (1930-2021)
Del rosal vengo, mi madre
[Texto de Gil Vicente]
MANUEL DE FALLA (1876-1946)
Oración de las madres que tienen a sus hijos en brazos
[Texto de María Lejárraga]
EDUARD TOLDRÀ (1895-1962)
Madre, unos ojuelos vi (Seis canciones)
[Texto de Lope de Vega]
JOAQUÍN TURINA (1882-1949)
El fantasma
[Texto de Ramón de Campoamor]
XAVIER MONTSALVATGE (1912-2002)
Cinco canciones negras
Cuba dentro de un piano [Texto de Rafael Alberti]
Punto de Habanera [Texto de Néstor Luján]
Chévere [Texto de Nicolás Guillén]
Canción de cuna para dormir un negrito [Texto de Ildefonso Pereda Valdés]
Canto negro [Texto de Nicolás Guillén]
MIGUEL HUERTAS (1971-)
Solo es querer
[Texto de Conde de Villamediana]
MIGUEL HUERTAS (1971-)
Aprender a recordarte
[Texto de Luis García Montero]
MIGUEL HUERTAS (1971-)
Tiempo (sobre três poemas de Álvaro Tato)
Cita
Telar
Silvida
MIGUEL HUERTAS (1971)
Por Lo fingido verdadero [Texto de Lope de Vega]
Contento estarás, amor
Amor me puso en tanta desventura
MIQUEL ORTEGA (1963-)
Romance sonámbulo [Texto de Federico García Lorca]
FEDERICO MORENO TORROBA (1891-1982)
La Chulapona
Chotis y pasacalle de Manuela
RUPERTO CHAPÍ (1851-1909)
La Revoltosa
Guajiras de Soledad
JACINTO GUERRERO (1895-1951)
El sobre verde
Chotis de la garçon
Concerto: 13 de setembro, 20h
Local: Theatro São Pedro (Rua Barra Funda, 171 – São Paulo/SP)
Classificação etária: Livre
Ingressos: R$ 36 (meia-entrada) a R$ 72 (inteira), aqui
THEATRO SÃO PEDRO
Com mais de 100 anos, o Theatro São Pedro, instituição do Governo do Estado de São Paulo e da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas, gerido pela Santa Marcelina Cultura, tem uma das histórias mais ricas e surpreendentes da música nacional. Inaugurado em uma época de florescimento cultural, o teatro se insere tanto na tradição dos teatros de ópera criados na virada do século XIX para o XX quanto na proliferação de casas de espetáculo por bairros de São Paulo. Ele é o único remanescente dessa época em que a cultura estava espalhada pelas ruas da cidade, promovendo concertos, galas, vesperais, óperas e operetas. Nesses mais de 100 anos, o Theatro São Pedro passou por diversas fases e reinvenções. Já foi cinema, teatro, e, sem corpos estáveis, recebia companhias itinerantes que montavam óperas e operetas. Entre idas e vindas, o teatro foi palco de resistência política e cultural, e recebeu grandes nomes da nossa música, como Eleazar de Carvalho, Isaac Karabtchevsky, Caio Pagano e Gilberto Tinetti, além de ter abrigado concertos da Osesp. Após passar por uma restauração, foi reaberto em 1998 com a montagem de La Cenerentola, de Gioacchino Rossini. Gradativamente, a ópera passou a ocupar lugar de destaque na programação do São Pedro, e em 2010, com a criação da Orquestra do Theatro São Pedro, essa vocação foi reafirmada. Ao longo dos anos, suas temporadas líricas apostaram na diversidade, com títulos conhecidos do repertório tradicional, obras pouco executadas, além de óperas de compositores brasileiros, tornando o Theatro São Pedro uma referência na cena lírica do país.
